Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS
Pelotas / RS
Como uma serpente
Marialva vivia com Juvenal desde os 16 anos. Foi viver com ele por não suportar os maus tratos da família. Pai alcoólatra, mãe submissa que apanhava sem se revoltar em frente aos filhos.
No início foi um alivio viver com Juvenal. Ele era mais velho do que ela, mas a tratava bem. Era melhor que o pai.
Com o tempo e as dificuldades que foram surgindo Juvenal começou a se tornar violento.
No início ficou muito magoada lembrando-se das cenas que vivenciara quando mais nova, Com o tempo foi ficando enraivecida. Ele começou por esbofeteá-la. Depois foi além e a deixava presa em casa. Bebia e voltava a maltratá-la. O ódio avolumando. Tinha vontade de esganá-lo, mas sentia-se sem forças.
Não imaginava que assim como a bondade opera milagres, o ódio gera atitudes incompreensíveis, inimagináveis e sem explicação. E isso ocorreu em um dia que ele bebera demais, voltara violento e começou a tentar estrangular Marialva.
Sentia subir pelo corpo uma sensação estranha, como se uma força fora do comum começasse a possuí-la. A princípio, via-se sem poder soltar-se, as mãos dele eram grandes e fortes assim como a força com que ele apertava seu pescoço.
De repente, era como se algo se rompesse dento dela e suas mãos transformaram-se em tentáculos com os quais ela afastava os braços dele e ao mesmo tempo o enrolasse submetendo-o a sua força. Sentia-se transformada em uma serpente tão venenosa que desejava, apenas, ferir, matar, subjugar. Foi o que fez com a força de seus braços que o apertavam como se tivesse em vez de braços, serpentes venenosas cuja única razão de viver era destilar veneno.
Foi o que fez até cair ao solo, próxima a ele, exaurida por todo esforço despendido e que para ela parecia algo irreal que ela assistira sem perceber que a protagonista era ela. Parecia que ela vira um filme se desenrolar,
Mais desorientada ficou quando foi constatado que além dos ossos quebrados por uma força estranha ele fora envenenado.
No início foi um alivio viver com Juvenal. Ele era mais velho do que ela, mas a tratava bem. Era melhor que o pai.
Com o tempo e as dificuldades que foram surgindo Juvenal começou a se tornar violento.
No início ficou muito magoada lembrando-se das cenas que vivenciara quando mais nova, Com o tempo foi ficando enraivecida. Ele começou por esbofeteá-la. Depois foi além e a deixava presa em casa. Bebia e voltava a maltratá-la. O ódio avolumando. Tinha vontade de esganá-lo, mas sentia-se sem forças.
Não imaginava que assim como a bondade opera milagres, o ódio gera atitudes incompreensíveis, inimagináveis e sem explicação. E isso ocorreu em um dia que ele bebera demais, voltara violento e começou a tentar estrangular Marialva.
Sentia subir pelo corpo uma sensação estranha, como se uma força fora do comum começasse a possuí-la. A princípio, via-se sem poder soltar-se, as mãos dele eram grandes e fortes assim como a força com que ele apertava seu pescoço.
De repente, era como se algo se rompesse dento dela e suas mãos transformaram-se em tentáculos com os quais ela afastava os braços dele e ao mesmo tempo o enrolasse submetendo-o a sua força. Sentia-se transformada em uma serpente tão venenosa que desejava, apenas, ferir, matar, subjugar. Foi o que fez com a força de seus braços que o apertavam como se tivesse em vez de braços, serpentes venenosas cuja única razão de viver era destilar veneno.
Foi o que fez até cair ao solo, próxima a ele, exaurida por todo esforço despendido e que para ela parecia algo irreal que ela assistira sem perceber que a protagonista era ela. Parecia que ela vira um filme se desenrolar,
Mais desorientada ficou quando foi constatado que além dos ossos quebrados por uma força estranha ele fora envenenado.
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