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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

AKROSPEAPAZ

À Isabel Vargas...
Não há forma de estar ausente
Ou iludir a distância...

Tudo tem um ritmo, um caminho, uma norma
Universal, perene e sensível.

Cantar é mais do que cantar, é ser
Ave e voar nas asas da melodia, da poesia,

Transformando, pelo ritmo e pela magia da voz,
Urros em afagos de alma, gritos em cicios de bem-querer.

Labirínticos são os trilhos que nos conduzem
Às planícies ondulantes de papoilas e espantos!

Dizemos adeus e ficamos a murmurar por dentro
As memórias que nos prendem ao tempo e aos lugares,
Segregando em nós as imagens que guardamos nas fotos

Para que por elas façamos próximas as pessoas longínquas.
Aconchegamo-nos nas palavras ditas, nos risos, nas charadas...
Lavamos a alma com o sol que nos queimou a pele...
Agradecemos e vagueamos ao redor de nós mesmos,
Vadios que se conjuraram para serem felizes por momentos
Raros e inolvidáveis, quase messiânicos, epifânicos.
Algo nos diz que a nossa loucura não tem cura!
Somos assim! Assim seremos pela vida fora, contra a corrente!

Subitamente choramos! Por nada rimos! De entusiasmo gritamos!
Estar vivo é ser igual a si mesmo! Ser poeta é destino e opção!
Nada, ninguém, nunca! Firmemente somos irmãos na osmose,
Tiranos que buscam plantar a paz no jardim dos amores-perfeitos,
Inimigos que se unem em cruzada para destronar a miséria e o medo,
Ditadores que guerreiam pela verticalidade humana, pelo respeito,
Artilheiros que apostam na destruição da exclusão dos seus iguais...
Sejamos loucos, desta loucura que salva e redime!
Em 09.Dez.2014
PC

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