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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

AKROSCHRISTMAS 3º LUGAR


                                                 
Meu desejo maior é fazer um Natal sem presentes materiais.
Eu sei, entretanto, que as crianças adoram presentes.
Uma exceção, então são elas.

                        
Pois eu estava a pensar no que comprar para presentear meus netos.
Recordo que adorava presentear meus filhos nesta data.
Eu não esperava ganhar um presente tão valioso antes do Natal.
Sem ter definido nada, sobre os presentes, agora tenho mais um a presentear.
Em dezesseis de Dezembro, terça-feira nasceu AMANDA minha netinha.
Netos agora são cinco. Marina a mais velha, uma linda adolescente.
Tem o Otávio, o primeiro menino, agora irmão da Amanda. Um lindo casal.
Em seguida dele nasceram os gêmeos: Francisco em homenagem ao avô.
                                                        
Dois minutinhos depois, nasceu o Augusto, Em homenagem ao Pai.
Eles, os meninos estão com dois aninhos para nossa alegria.
 

Neste Natal não esperávamos que fosse chegar a princesinha, só no ano novo.
Assim Deus nos presenteou da forma mais linda e preciosa.
Todos nós agradecemos pela vida que nos ofertou com amor,
Assim só temos a louvar a esperança, o amor, a renovação da vida.
Leia, então, a participação de nascimento que faço neste acróstico.
                                                                        
                                                         ISABEL C S VARGAS
                                                         PELOTAS-RS-BRASIL


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/revista/eisFluencias/eisFluencias_Dez_2014_5_32-09.htm

O PRANTO SOLITÁRIO DA NATUREZA
Isabel C S Vargas

O planeta é o único lugar que os seres humanos têm para viver. É seu habitat, sua morada, dele extrai sua sobrevivência e permanência. Lógico seria pensar que por ser o seu habitante racional o cuidaria como a um tesouro. Ledo engano. Alguns podem fazê-lo, mas como o ser humano é o único capaz de matar e destruir sem que seja , unicamente para sua sobrevivência, ele o agride, insulta, degrada de forma inconsequente e leviana sem pensar no futuro da humanidade.
O homem primitivo, dentro de suas limitações, não degradava o ambiente como os homens ditos evoluídos, pois só matava, desmatava, colhia em prol de sua sobrevivência e de sua família.
Os fatores primordiais que mudaram a ação do homem sobre o planeta são a ganância, o poder, a visão imediatista, a falta de consciência ecológica, a falta do conceito de sustentabilidade, só agora, recentemente desenvolvido.
Realidades incontestáveis são a poluição dos rios e do ar, os desmatamentos clandestinos e irregulares, a falta de consciência da importância da Amazônia como pulmão do mundo, e por isso as constantes inundações e /ou secas.
Como se não bastasse a ação humana inconsequente, embora o homem sob o aspecto científico, tecnológico tenha se desenvolvido como nunca dantes o fez há a própria natureza se ajustando, se adaptando ou reagindo. Observe-se que o efeito estufa é uma triste realidade. Em decorrência disto muitas catástrofes poderão ocorrer caso haja degelo da nos extremos norte e sul.
Considere-se que ao longo dos tempos e agora, mais recentemente, por acomodação das placas tectônicas, ocorreram os tsunamis com morte em cinco continentes. Não há como prever essas reações naturais que não dependam da vontade do homem.
Temos na crosta terrestre vulcões ainda ativos que voltaram a entrar em erupção.
Pelas experiências atômicas realizadas durante décadas, houve mudança no clima da terra que sofremos consequências, as quais não temos sequer a noção de sua dimensão.
Temos que considerar o extrativismo vegetal desenfreado, o extrativismo mineral, as jazidas esgotadas ao longo da história da humanidade.
O uso indevido do solo com as grandes extensões de terra com a monocultura, sem obedecer aos ciclos de renovação da terra, o uso de agrotóxicos, os resíduos industriais das fábricas sendo jogados na natureza, nos rios, lagos, mares, o volume extenso de esgoto humano não tratado sendo jogado ao léu, infectando tudo à volta, inclusive os seres humanos.
O que falar da matança desenfreada de animais causando a extinção de centenas de espécimes e outros tantos até hoje ainda sob ameaça embora a luta de organizações isoladas espalhadas pelo planeta tentando preservar a vida animal.
Parece que quanto mais o homem evolui em conhecimento, mais necessidades cria para si, aumentando a onda de consumo sem preocupação com o que isso pode causar de danos ao planeta.
Quanto maior o consumo, maior o descarte de lixo. A falta de lugar para o lixo já causou muitas inundações. Ao mesmo tempo, quanto mais consome, menos o homem aproveita daquilo que ele utiliza de modo que muita coisa que seria aproveitável é jogada fora, passando um contingente grande de pessoas pobres a viver do lixo.
Não podemos esquecer o quanto de inconsciência tem nas grandes cidades onde o homem joga em matas, rios, arroio, móveis, utensílios, pneus, latas, sacos, plásticos, metais. Claro que já há muitos locais que se organizaram de modo a reciclar o lixo e reaproveitá-lo, mas a proporção ainda não é suficiente.
Claro que em alguns segmentos houve avanço, como a não utilização da pele ou couro de animais para roupas, calçados, acessórios, mas ao mesmo tempo a indústria química aumentou e os seus resíduos são altamente prejudiciais ao ser humano e ao ambiente devendo haver prevenções constantes em lei a serem observadas pelos empresários para preservar a saúde de seus funcionários.
Para finalizar acredito que os homens devem, além de se mobilizarem intensamente para a preservação do planeta Terra para as próximas gerações ter em mente que não podemos prever cataclismos e a terra viveu ciclos o longo da história e nestes ciclos muitas espécies foram extintas, sendo estas muito mais fortes que o homem, se levarmos em conta seu tamanho como no caso dos dinossauros.
A terra hoje chora com a leviandade das atitudes que a degradaram. Urge que o homem passe a ter outra atitude senão os próximos a desaparecerem poderá ser a espécie humana. Impossível? Só o tempo dirá.

Isabel C S Vargas
Pelotas - RS - Brasil

http://cadernoliterario.com.br/leia-online/edicao-64/4074-Confissoes

Confissões

por Isabel C S Vargas (Pelotas / RS)

Confesso minhas fraquezas,
Meus medos e minhas decepções.
Acima de tudo confesso a mim mesmo
Com o intuito de aceitá-las e superá-las.
Por um momento tive medo,
Do medo à revolta.
Hoje, nem medo, nem revolta.
Só uma ponta de tristeza,
Um tanto de resignação...
No fundo de meu coração,
Busco a esperança
Para mudar muita coisa,
E seguir em frente
Sem esperar nada de ninguém.


ANTOLOGIA DE NATAL CEN XIV EDIÇÃO NATAL 2O14

 

ISABEL C S VARGAS
Pelotas (RS) - Brasil

ADVENTO

Aproximamo-nos do advento.
È tempo de preparar os corações.
Assim como outros preparam as casas.
Para receber Jesus e o espírito natalino.

Natal é amor, solidariedade, reflexão.
Muitos acreditam que é consumo.
Gastam mais do que podem em presentes.
E não oferecem o mais importante.

Natal é doação espontânea.
É receber o outro em seu coração.
Oferecer o perdão e juntos
Confraternizarem em busca da redenção.

Que possamos todos trilhar bons caminhos,
Pensar nos mais necessitados,
Procurar ser melhor para si e a sociedade,
Buscar viver em paz, e nos princípios de justiça.

Na noite de Natal olhe para o alto,
Para as coisas do céu,
Lá encontraremos inspiração
Para sermos verdadeiros cristãos.

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MENSAGEM DE NATAL

            Nesta época de Natal desejo fazer uma pequena reflexão para estipular as metas a serem corrigidas para o próximo ano que se avizinha. Geralmente estas metas se referem a coisas materiais, aquisições, atividades, planos de passeio, estudos, profissionais e não a sentimentos e disposição interna.

          Já fiz isto durante muitos anos.  Uns foram decepcionantes com relação às metas que não consegui (emagrecer, fazer um curso novo, poupar).

          Depois de perdas por demais dolorosas deixei de me programar, pois pensei que nada adianta frente aos acontecimentos trágicos e inesperados.

       Entretanto é sempre bom revisar os comportamentos para nos policiarmos e corrigir possíveis erros.

       Assim, desejo para mim e para todas as outras pessoas uma série de sentimentos e comportamentos que desejo que estejam incluídos neste pacote de Natal.

         Para lembrar isto poderíamos colocar em formas de bolinhas na árvore se Natal para que fique bem visível e que estes sentimentos estejam presentes em nossas relações não só no Natal, mas na maior parte do ano.

            Que tenhamos muita paciência, respeito, sabedoria, desapego, verdade e pureza como das crianças. Parece muito, mas há mais coisas para sermos pessoas melhores. Alegria no dia a dia, humildade, disciplina, determinação e autoconfiança para não capitular frente às dificuldades. A serenidade no trato com as pessoas, gentileza com os mais afoitos, sem esquecer que o sucesso depende da cooperação, da flexibilidade, generosidade, coragem e leveza para saber sair de situações de apuro.

           Intransigência nada constrói. É necessário força sem perder a doçura.
Se conseguirmos nos lembrar destes atributos que tornam uma pessoa especial para conviver, teremos avançado dentro dos princípios de boa e fraterna convivência para que tenhamos uma sociedade menos violenta e mais justa.

Um Feliz Natal a todos!


 

sábado, 27 de dezembro de 2014

LITERATURA INFANTIL Nº 3 - 2º LUGAR -

          Bruxilda era bruxa desde o nascimento. Enquanto criança tinha seus pais, Papai Bruxonildo e Mamãe Bruxa para ensinar bruxarias infantis. Também tinha seus irmãos mais velhos que brincavam com ela, mas como todo irmão maior, não gostavam da pirralha Bruxilda a se meter em suas brincadeiras, por não saber fazer as coisas como eles e assim, muitas vezes estragava seus planos e brincadeiras.
           O tempo foi passando, seus pais envelheceram e seus irmãos foram morar distante dela com suas bruxas esposas e seus filhotes bruxinhos.
           Com o tempo ela ficou sozinha. Inventava coisas para ocupar seu tempo. Mas viu que não tinha graça inventar bruxarias, truques e traquinagens para ela mesma. Foi ficando muito triste por não ter companhia e porque todos ao redor de onde morava tinham medo dela. Afinal, quem não tem medo de bruxas?
            Para se entreter tinha que fazer coisas que ela não soubesse o resultado, pois suas bruxarias todas ela sabia como terminavam.
             Começou inventando coisas com sucata para fazer brinquedos que depois de prontos ela ia deixando em lugares públicos para as crianças que não tinham brinquedos pegar. Se ela fosse entregar iriam pensar que era bruxaria e não pegariam.
              Mais tarde pegou uns pincéis e tintas e começou a pintar. Fazia desenhos. Pintava e quando estava pronta a tela ela fazia suas mágicas e as coisas ganhavam vida.
Percebeu que não podia fazer isso. Essas mágicas espantavam todo mundo. E ela estava cansada de viver sozinha e sem amigos.
                Passou a pintar telas normais, pássaros, flores, casas, árvores,  que ela deixava na porta das casas embaladas para presente. A princípio ninguém desconfiava quem tinha feito aquilo. E, por não saber, não se aproximavam dela, até que um dia alguém viu que tinha sido Bruxilda a deixar a pintura na soleira da porta. A pessoa encheu-se de coragem e perguntou-lhe porque fazia aquilo. Ela, então contou sua história de solidão e sobre seu desejo de ter amigos. Passaram a ter pena e não medo dela. Divulgaram que ela havia se tornado artista porque seu coração, na verdade era do bem. Ela ficou muito feliz por começar a ter amigos e passou a fazer desenhos para divertir as crianças, pois como eles não tinham mais medo dela, ela podia encantá-los para diverti-las.
                                    ISABEL C S VARGAS
                                    PELOTAS-RS-BRASIL




LITERATURA GÓTICA E SOBRENATURAL Nº 2

           Um grupo de jovens, em final de Ensino Médio, programou como atividade de final de curso, uma viagem à Ilha Formosa no litoral de seu estado. Era uma ilha pouco habitada, quase inexplorada, por isso deveriam levar barracas, alimentos, além é claro, de objetos próprios para quem desejava tomar banho de mar, jogar vôlei, dançar, coisas comuns aos jovens desta idade.
         Passaram longo tempo com os preparativos. Alugar micro ônibus para levá-los, verificar horário da balsa que os transportaria para a ilha, que tipo de alimento, quantidade de roupa, afinal passariam, apenas, três dias.
         A expectativa só cessou no dia da viagem, quando para a ilha se dirigiram.
          Nem imaginavam que um sentimento mais intenso sentiriam no primeiro dia.
           A ilha era bonita, com vegetação diversificada, árvores frondosas, mata cerrada em alguns locais mais distantes da vila onde eram recepcionados pelo dono de um pequeno bar que vendia alimentos, materiais para acampamento, velas, lanternas, cordas, lonas, colchonetes. Alugavam também, caso não desejassem comprar.
           Estavam ansiosos para ver um local para acampar que ficasse próximo ao mar, no pontal norte da ilha. Face a isso, saíram a embrenhar-se na ilha sem fazerem muitos questionamentos ao dono do bar, ou falar com qualquer dos poucos habitantes daquela pequena vila que viviam da pesca artesanal.
            Após caminhar cerca de uma hora acharam um local que lhes pareceu apropriado e começaram a montar as respectivas barracas. Tudo arrumado foram circular pela ilha, tomar banho de mar. Assim, entre uma atividade e outra o dia foi passando. Trataram de providenciar a alimentação para a noite, pois a fome já se fazia sentir.  
                A noite caiu e eles sentaram em círculos a cantar próximo a uma fogueira que fizeram para espantar insetos. Em certo momento começaram a ouvir um som que não era aquele produzido por eles. Ao término da música ouvia-se um uivo como de um animal. Começavam a cantar de novo, já sentindo certo temor por não conseguir identificar nem o som nem o animal. Os rapazes pensaram em ir atrás e descobrir a origem do som, as meninas, embora amedrontadas por ficar só, aceitaram ficar sozinhas enquanto eles saíram.
                  A qualquer barulho das folhas se assustavam e se aproximavam cada vez mais uma da outra. O temor era tanto que a qualquer movimento passaram a ter a impressão de ver vultos associados ao som que na realidade parecia aumentar.
                   Não é comum os pássaros voarem à noite, pois é sua hora de recolhimento, mas elas passaram a ouvir um bater de asas que foi se intensificando até um morcego pousar bem na ponta de um galho seco. Uma gritaria. Um susto. Que fazer? Seriam atacadas?
                   O pior ainda estava por vir, ou por se transformar. Um bater intenso das asas do morcego, um vôo circular e na frente delas, por encanto ou assombração surge uma moça, rosto branco como se transparente fosse, os olhos sombreados de negro, olhos profundos e os dentes tal qual um vampiro. Gritaram quase em uníssono. A aparição manteve-se calma, pediu que a escutassem. Era uma assombração sim, porque havia sido morta há alguns  anos atrás naquela ilha. Foi morta por um nativo que a surpreendeu na mata sozinha quando explorava a fauna do local. Era sozinha, seus pais haviam morrido em um acidente e ninguém deu por falta dela. A avó era idosa e morava longe. Tinha ido sozinha. Foi enterrada naquele local ermo, sem nome, sem uma oração, sem uma lágrima. Virou um vampiro, uma assombração, ou alma penada que ficava à procura de alguém que pudesse acreditar nela, e providenciar um sepultamento com dignidade. A maioria fugia desesperado. Os homens, ela não confiava, por isso com seu uivo e gemidos os havia afastado. Como eram mulheres, jovens e de coração ainda puro, poderiam ajudá-la.
              Não errou. As moças tremiam de medo, mas encontraram coragem para contar aos rapazes quando eles voltaram tudo que viram e que, a princípio, eles não queriam acreditar, mas elas contando os mínimos detalhes conseguiram convencê-los a seguir o morcego no qual ela, novamente, se transformara, para guiá-los até o local onde estava enterrada.
                Suas providências a seguir foram retornar ao bar na manhã seguinte, chamar via rádio a polícia, contar-lhes o que acontecera.
                 Os policiais encontraram os restos mortais da moça assassinada que uma vez identificada, sepultada passou a ter sossego e elevação espiritual deixando de assombrar ambientes da ilha e seus visitantes.
                                     ISABEL C S VARGAS
                                     PELOTAS-RS-BRASIL