Nascido na, Romênia, na Grécia, no Egito
Ou na América, no Brasil, outros lugares,
O sentimento agregador como povo existe
Em todo ser que se entende por cigano.
São denominados de várias formas
Algumas a reconhecem e aceitam.
Gipsy pode ser considerado pejorativo
Outros crêem correto romani.
Uma similaridade, independente da denominação,
São reconhecidamente livres, nômades, sem território fixo.
Sua casa é o mundo, amigável ou hostil
Onde sentem vontade, fincam sua bandeira.
São forte, bravos, destemidos, determinados
Amam com fervor os costumes, a vida, a mulher, a família
Sua marca indelével é a liberdade.
Sua bússola o sol e as estrelas.
A natureza que nunca é igual, muitas vezes generosa
Outras dura, severa, cobrando os desmandos,
É sua mestra maior. O trovão seu limite, a chuva inspiração.
Nunca é a mesma, sua intensidade varia, tem em si o bom e o mau.
Pode ser o amigo mais fiel se respeitado
O inimigo mais intenso se desprezado
Ou ofendido em seu orgulho
Ou se sua liberdade tolherem.
Os ciganos são filhos da natureza
São ciganos em todo lugar que se encontrarem
O que prevalece é a alma, o espírito
Que se assemelha ao vento.
Vento é movimento intenso e eterno
Pode sossegar, amenizar, mas é sempre vivo
Assim como tudo onde há uma centelha divina
Basta um sopro para reavivar e mover o mundo.
ISABEL C S VARGAS
PELOTAS-RS-BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário