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terça-feira, 2 de setembro de 2014

ACRÓSTICO EM HOMENAGEM

 I nabalável é a vontade que não se aquieta
 S abendo que mais além existe o belo
 A inda que o tempo urja e a alma inquieta
 B eba o vinho da ira, derrubando o anelo.
 E is que a vida corre por entre os erros
 L evando mais longe a alma do que os desterros!

 C omo calarei o sonho se a urgência não cede?

 S urdo serei, assim, ao que a vida pede?
 V agabundo serei... Que importa... Quem se importa?
 A ndrajoso irei aos altares, aos abismos...
 R ecusar-me-ão o simples abrir da porta...
 G osarão, esconjurar-me-ão, farão exorcismos!
 A h, pobres sois todos os que assim vegetais!
 S into pena de vós, pois sois, como eu, mortais!

 Paulo César * Portugal
 Em 02.Set.2014
Imagem obtida no Google

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