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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O PRANTO SOLITÁRIO DA NATUREZA

                 O planeta é o único lugar que os seres humanos têm para viver. É seu habitat, sua morada, dele extrai sua sobrevivência e permanência. Lógico seria pensar que por ser o seu habitante racional o cuidaria como a um tesouro. Ledo engano. Alguns podem fazê-lo, mas como o ser humano é o único capaz de matar e destruir sem que seja , unicamente para sua sobrevivência, ele o agride, insulta, degrada de forma inconsequente e leviana sem pensar no futuro da humanidade.
              O homem primitivo, dentro de suas limitações, não degradava o ambiente como os homens ditos evoluídos, pois só matava, desmatava, colhia em prol de sua sobrevivência e de sua família.
               Os fatores primordiais que mudaram a ação do homem sobre o planeta são a ganância, o poder, a visão imediatista, a falta de consciência ecológica, a falta do conceito de sustentabilidade, só agora, recentemente desenvolvido.
               Realidades incontestáveis são a poluição dos rios e do ar, os desmatamentos clandestinos e irregulares, a falta de consciência da importância da Amazônia como pulmão do mundo, e por isso as constantes inundações e /ou secas.
              Como se não bastasse a ação humana inconsequente, embora o homem sob o aspecto científico, tecnológico tenha se desenvolvido como nunca dantes o fez há a própria natureza se ajustando, se adaptando ou reagindo. Observe-se que o efeito estufa é uma triste realidade. Em decorrência disto muitas catástrofes poderão ocorrer caso haja degelo da nos extremos norte e sul.
            Considere-se que ao longo dos tempos e agora, mais recentemente, por acomodação das placas tectônicas, ocorreram os tsunamis com morte em cinco continentes. Não há como prever essas reações naturais que não dependam da vontade do homem.
            Temos na crosta terrestre vulcões ainda ativos que voltaram a entrar em erupção.
             Pelas experiências atômicas realizadas durante décadas, houve mudança no clima da terra que sofremos consequências, as quais não temos sequer a noção de sua dimensão.
                 Temos que considerar o extrativismo vegetal desenfreado, o extrativismo mineral, as jazidas esgotadas ao longo da história da humanidade.
                  O uso indevido do solo com as grandes extensões de terra com a monocultura, sem obedecer aos ciclos de renovação da terra, o uso de agrotóxicos, os resíduos industriais das fábricas sendo jogados na natureza, nos rios, lagos, mares, o volume extenso de esgoto humano não tratado sendo jogado ao léu, infectando tudo à volta, inclusive os seres humanos.
                    O que falar da matança desenfreada de animais causando a extinção de centenas de espécimes e outros tantos até hoje ainda sob ameaça embora a luta de organizações isoladas espalhadas pelo planeta tentando preservar a vida animal.
                     Parece que quanto mais o homem evolui em conhecimento, mais necessidades cria para si, aumentando a onda de consumo sem preocupação com o que isso pode causar de danos ao planeta.
                     Quanto maior o consumo, maior o descarte de lixo. A falta de lugar para o lixo já causou muitas inundações. Ao mesmo tempo, quanto mais consome, menos o homem aproveita daquilo que ele utiliza de modo que muita coisa que seria aproveitável é jogada fora, passando um contingente grande de pessoas pobres a viver do lixo.
                      Não podemos esquecer o quanto de inconsciência tem nas grandes cidades onde o homem joga em matas, rios, arroio, móveis, utensílios, pneus, latas, sacos, plásticos, metais. Claro que já há muitos locais que se organizaram de modo a reciclar o lixo e reaproveitá-lo, mas a proporção ainda não é suficiente.
                       Claro que em alguns segmentos houve avanço, como a não utilização da pele ou couro de animais para roupas, calçados, acessórios, mas ao mesmo tempo a indústria química aumentou e os seus resíduos são altamente prejudiciais ao ser humano e ao ambiente devendo haver prevenções constantes em lei a serem observadas pelos empresários para preservar a saúde de seus funcionários.
                         Para finalizar acredito que os homens devem, além de se mobilizarem intensamente para a preservação do planeta Terra para as próximas gerações , ter em mente que não podemos prever cataclismos e a terra viveu ciclos o longo da história e nestes ciclos muitas espécies foram extintas, sendo estas muito mais fortes que o homem, se levarmos em conta seu tamanho como no caso dos dinossauros.
                       A terra hoje chora com a leviandade das atitudes que a degradaram. Urge que o homem passe a ter outra atitude senão os próximos a desaparecerem poderá ser a espécie humana. Impossível? Só o tempo dirá.
                                         
                                            Isabel C S Vargas
                                            Pelotas - RS - Brasil
   
       
               

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