De sonhos tão imaginados e,
Encantadas ilusões de menina,
Infância de pura inocência,
De delicadas bonecas de porcelana,
Do jogo de amarelinha, do pião e bilboquê,
Das brincadeiras na garagem
Ao som de inesquecíveis músicas
De anos que se tornaram dourados
Infância de muitos aromas
-De chuva na terra
seca-
E, de muitos sabores
-Dos doces de minha avó-
Do figo, das balas, de guaco e de hortelã,
Infância de mulheres guerreiras
Minha mãe, minha dinda e minha tia
Que me prepararam para o futuro
Das grandes alegrias e imensas tristezas
Que mesmo sem perceber
Ensinaram-me sobre os grandes revezes da vida
Dos quais resultei viva, apesar das mutilações .
Infância que não retorna
Mas, que recordei na infância de meus filhos
Tão diferente da minha
Porém, para eles
igualmente doce
Infância, doce período de vida
Que me ensina um novo viver
Na infância de meus netos .
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2012.08.29 Quarta-feira-página 15
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